Agroecología Vol. 12, nº 2 (2017)
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- PublicationOpen AccessTransgênicos e erosão genética: o paradoxo da (in)segurança alimentar(Murcia: Servicio de Publicaciones de la Universidad de Murcia, 2018) Martins da Silva, Patrícia; Ferreira Antunes, Irajá; Tavares Feijó, Cristiane; Peripolli Bevilaqua, Gilberto A.Este artigo objetiva analisar a relação entre a expansão do cultivo dos transgênicos e suas implicações sobre os processos de erosão da agrobiodiversidade e as práticas e hábitos alimentares. Em uma perspectiva global, passados 21 anos de cultivos transgênicos, passou-se de aproximadamente 2 milhões de hectares cultivados em 1996, para mais de 185 milhões ha em 2016, revelando a magnitude das transformações em que o processo deve ser considerado. Optou-se por uma pesquisa qualitativa, de caráter/objetivo exploratório, realizada através de levantamento bibliográfico visando ampliar e atualizar o conhecimento sobre os temas considerados. A compreensão da importância da biodiversidade para a dinâmica dos agroecossistemas e consequente sobrevivência da espécie humana é colocada como elemento basilar para o dimensionamento dos impactos e manifestações do fenômeno da erosão em suas diferentes bases e complexidade. As transformações nos hábitos alimentares e os riscos à segurança alimentar são abordados a partir das tendências de homogeneização e padronização do regime alimentar que se apresentam como fenômenos hegemônicos ao redor do mundo. A simultaneidade e interrelação entre os processos analisados e a magnitude das transformações resultantes remetem ao aprofundamento da análise para o dimensionamento dos impactos e riscos na segurança alimentar e em outras dimensões da vida, em especial nas áreas da saúde, ecologia e ambiente. Registra-se, paradoxalmente, a emergência e multiplicação de várias experiências em contratendência aos processos considerados, seja no manejo e conservação da agrobiodiversidade, seja na territorialização e identidade dos hábitos e práticas alimentares.
- PublicationOpen AccessAgricultura transgénica e impactos socioambientales: una lectura a partir del Cerrado/Brasil(Murcia: Servicio de Publicaciones de la Universidad de Murcia, 2018) Mendonça Oliveira de Souza, Murilo; De Melo e Silva Neto, Carlos; Melgarejo, LeonardoLa modernización de la agricultura tuvo como base un movimiento de artificialización de las relaciones con la naturaleza. La adopción del paquete tecnológico de la revolución verde a mediados de los años 1960 y, más recientemente (la segunda revolución verde) con el paquete de los transgénicos, facilitó el camino para la concentración de poder del agronegocio y para una infinidad de impactos socioambientales. Los Estados del Cerrado Brasilero han representado la mayor área cultivada con transgénicos en el país (63%) acumulando impactos sociales y ambientales provenientes de este proceso. Este texto se propone reflexionar sobre estas cuestiones, con especial interés en los impactos socioambientales derivados del avance de los cultivos transgénicos en esta parte del territorio. Los resultados muestran que no ocurrió el esperado aumento en la productividad con la utilización de plantas genéticamente modificadas. Por el contrario ocurrió una elevación del consumo de abonos químicos y agrotóxicos relacionada a la adopción de las semillas transgénicas. Se redujeron oportunidades de ocupaciones productivas, concentrando las actividades económicas en cadenas del agronegocio refractarias al perfil de los campesinos, pueblos y comunidades tradicionales que constituyen la mayor parte de la población regional. Los impactos ambientales agravan las condiciones socioeconómicas dadas las debilidades y particularidades de éste, que es el más antiguo y especializado bioma del continente sur americano.
- PublicationOpen AccessAlimentação na atualidade: reflexões sobre o consumo de alimentos geneticamente modificados(Murcia: Servicio de Publicaciones de la Universidad de Murcia, 2018) Dal Molin Cortese, Rayza; Secchi Martinelli, Suellen; Fabri, Rafaela Karen; Barletto Cavall, SuziEste trabalho se propõe a discutir o consumo de organismos geneticamente modificados (OGM), principalmente considerando a realidade brasileira. O consumo de OGM vem sendo associado ao aumento de doenças crônicas não transmissíveis, obesidade, autismo, doenças hepá- ticas e renais, doença celíaca, entre outras. No ambiente, a produção de OGM se associa a perda da biodiversidade. Nesse contexto é feita uma reflexão quanto o cultivo de OGM no Brasil e a presença dos mesmos na dieta da população brasileira. Isso porque, no Brasil, o principal objetivo das modificações genéticas é desenvolver plantas resistentes ao uso de agrotóxicos, a exemplo do glifosato, cujos malefícios já são comprovados cientificamente. E quase a totalidade da área plantada de soja, milho e algodão são geneticamente modificadas no Brasil. A problemática da liberação e cultivo de alimentos geneticamente modificados (GM) no Brasil se acentua ao se considerar o amplo uso dos subprodutos, principalmente de soja e milho, presentes em grande parte dos alimentos industrializados. Ademais, a legislação brasileira de rotulagem de alimentos exige a identificação de OGM no rótulo somente de produtos que contenham mais de 1% de ingredientes GM (Brasil 2003a). Considerando a promoção de uma alimentação saudável e sustentável, atrelada à promoção da segurança alimentar e nutricional, deve-se fomentar o consumo de alimentos provenientes de produção orgânica e de base agroecológica, produzidos por produtores locais, garantindo o consumo de um produto livre de OGM. A legislação brasileira deve considerar a rotulagem obrigatória aplicada a todos os produtos contendo OGM, permitindo ao consumidor tomar decisões a partir de uma informação adequada.
- PublicationOpen AccessApresentação(Murcia: Servicio de Publicaciones de la Universidad de Murcia, 2018) Melgarejo, Leonardo
- PublicationOpen AccessO caminho da liberalização dos transgênicos no Brasil(Murcia: Servicio de Publicaciones de la Universidad de Murcia, 2018) Bianconi Fernandes, Gabriel; Marinho Assunção, WanessaA introdução das plantas geneticamente modificadas na agricultura é produto do período de globalização neoliberal. Seu processo decisório no Brasil responde mais aos interesses da in- dústria do que aos do meio ambiente e da saúde pública. A Organização Mundial do Comércio definiu em meados dos anos 1990 padrões globais de proteção de propriedade intelectual vincu- lantes a todos países membros, que no Brasil deu origem a uma lei de patentes reconhecendo o direito de proteção de inovações biotecnológicas. No mesmo período, o país também promulgou uma lei de cultivares, garantindo o direito dos melhoristas, e uma legislação de biossegurança estabelecendo licenciamento ambiental para organismos transgênicos. A indústria, no entanto, preferia o modelo norte-americano de desregulamentação, à época já implantado na Argenti- na. A soja transgênica cultivada no país vizinho passou a ser trazida ilegalmente para o Brasil e amplamente cultivada na região Sul – na ausência de controle por parte do Estado. Em 2003, ao assumir seu primeiro mandato de presidente da República, Lula deparou-se com essa situação de fato consumado e, para surpresa dos setores sociais que o apoiaram, paulatinamente oficializou os plantios ilegais de soja transgênica. Os parlamentares da chamada bancada ruralista, histori- camente opositores de Lula, pressionaram por uma legislação de biossegurança mais liberali- zante. O caminho adotado foi revogar a lei anterior criando uma comissão de especialistas com poderes não só deliberativos mas também normativos. Os exemplos da definição de regras de coexistência para o milho e da liberação comercial do feijão são apresentados para ilustrar o viés pró-transgênicos da comissão.